Comparado ao número de contratações realizadas pelas médias e grandes empresas (MGEs), o volume total criado pelas MPEs é quase seis vezes maior. As MGEs concentraram apenas 13,5% das vagas criadas, o que equivale a 19.229 contratações. Os demais segmentos, como instituições sem fins lucrativos, pessoas físicas e administração pública, também contribuíram para a criação de empregos, porém em menor escala.
As microempresas são consideradas as firmas com até nove empregados nos setores de agropecuária, comércio e serviços, ou até 19 funcionários nas áreas de indústria e mineração. Já as pequenas empresas são aquelas que têm até 49 trabalhadores nos setores mencionados anteriormente, ou até 99 empregados na indústria e mineração.
O estudo realizado pelo Sebrae utilizou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo de julho foi o sétimo resultado positivo consecutivo. A última vez em que as MPEs tiveram mais demissões do que admissões foi em dezembro, mês em que a economia costuma ter perda de emprego devido ao término de contratos temporários relacionados às festas de fim de ano.
Os setores de serviços, construção e comércio foram os principais responsáveis pela abertura de vagas de trabalho nas MPEs em julho. As atividades que mais se destacaram foram construção de edifícios, restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, e transporte rodoviário de carga. Já a abertura de ocupação com carteira assinada nas MGEs concentrou-se principalmente na indústria de transformação, serviços e agropecuária.
No acumulado do ano, as MPEs também lideram a geração de ocupações formais, com 825,4 mil empregos criados, o que representa 70,8% do total de 1,1 milhão de empregos gerados no país. As MGEs respondem por 16,4% das contratações.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, esses números refletem a confiança dos pequenos empreendedores no aquecimento da economia. Ele avalia que, com indicadores positivos, controle da inflação e expectativa de queda da taxa de juros, os donos de pequenos negócios estão otimistas e confiantes de que o país pode acelerar o crescimento, o que tem incentivado a criação de empregos.
Em julho e no acumulado do ano, todos os estados e o Distrito Federal apresentaram saldo positivo de empregos formais nas MPEs.