ECONOMIA – Mercados Financeiros Reagem com Estabilidade em Dia de Conflito entre Israel e Irã; Dólar Mantém Queda Moderada e Bolsa Registra Ligera Desvalorização.

Na última sexta-feira, o cenário econômico brasileiro demonstrou uma resiliência notável em meio ao aumento das tensões entre Israel e Irã. Embora o conflito amplie as incertezas geopolíticas, o impacto direto nas transações financeiras foi surpreendentemente contido. O mercado ficou relativamente estável, com o dólar apresentando uma leve queda e a bolsa de valores registrando um pequeno recuo.

O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,541, apresentando uma diminuição de apenas 0,04%. Inicialmente, a moeda norte-americana começou o dia em alta, alcançando R$ 5,59 nas primeiras horas de negociação. No entanto, a alta significativa no preço do petróleo, aliada à venda de dólares por investidores que aproveitaram a valorização, fez com que a moeda parasse de subir e se estabilizasse.

Com os números da sexta-feira, a moeda americana acumula uma desvalorização de 0,52% na semana, além de uma queda de 3,1% apenas no mês de junho. No ano, a trajetória do dólar já apresenta uma queda acumulada de 10,32%, refletindo um mercado mais robusto e confiante nas políticas econômicas atuais.

Enquanto isso, o mercado de ações também apresentou um comportamento relativamente contido, diferente do movimento externo. O índice Ibovespa, principal termômetro do mercado acionário brasileiro, fechou a jornada em 137.213 pontos, com um recuo de 0,43%. Durante a manhã, o índice chegou a registrar uma queda maior, de 0,88%, mas conseguiu se recuperar, impulsionado pelo desempenho positivo das ações da Petrobras, que têm grande peso nas negociações.

As ações ordinárias da estatal cresceram 2,13%, enquanto as preferenciais subiram 2,46%. Este movimento é explicado pela disparada de 7% no preço do petróleo no mercado internacional, com a cotação do barril do tipo Brent atingindo US$ 74,23, o maior patamar desde o início de abril. O forte desempenho das petroleiras ajudou a conter a queda do Ibovespa, mostrando que, mesmo diante de um cenário geopolítico volátil, setores estratégicos da economia podem atuar como salvaguardas.

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