ECONOMIA – Mercado ilegal movimenta R$ 4,5 bilhões por ano no Rio de Janeiro, revela pesquisa da Fecomércio RJ, impactando economia e segurança.

O mercado ilegal na região metropolitana do Rio de Janeiro movimenta um valor surpreendente de R$ 4,5 bilhões anualmente, de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro. Esse montante supera em cerca de R$ 1 bilhão o total das compras realizadas em datas comemorativas populares, como o Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Dia das Crianças, Black Friday e Páscoa.

Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa que entrevistou 981 consumidores da região metropolitana nos dias 13, 14, 21 e 22 de novembro. Os resultados foram apresentados na última reunião do Conselho de Combate ao Mercado Ilegal da Fecomércio RJ, e revelaram que 55,2% dos entrevistados já compraram produtos no mercado informal ao menos uma vez na vida. O gasto médio mensal nesse tipo de comércio é de R$ 129, o que resulta em uma movimentação financeira mensal de R$ 376,7 milhões.

Além disso, a pesquisa apontou que a maioria dos consumidores, cerca de 67,9%, acredita que a compra de produtos do mercado ilegal impacta negativamente a economia do estado. Para 64% dos entrevistados, essa prática também contribui para o aumento da criminalidade e da violência, mostrando que os prejuízos não se restringem apenas ao aspecto econômico.

Os entrevistados indicaram que soluções para combater a pirataria incluem questões como emprego, educação, redução da carga tributária e combate ao roubo de cargas. A Fecomércio RJ, responsável pelo estudo, ressaltou também que quase metade dos empresários do comércio no Centro do Rio afirmam que o roubo de cargas impacta negativamente em seus negócios.

A Fecomércio RJ, que representa mais de 286 mil estabelecimentos no estado, tem como objetivo incentivar o desenvolvimento do setor, reunindo sindicatos patronais, líderes empresariais, especialistas e consultores. Essas empresas respondem por dois terços da atividade econômica do estado, gerando mais de 1,8 milhão de empregos formais, o que corresponde a 61% dos postos de trabalho no estado.

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