Apesar da desvalorização significativa nas últimas horas, a moeda dos Estados Unidos acumulou um aumento de 1,29% ao longo de dezembro. No entanto, em um horizonte mais amplo, a divisa acumula uma queda de 12,56% desde o início de 2025. Essa oscilação é reflexo de um ambiente de incertezas e expectativas no mercado cambial.
Por outro lado, a Bolsa de Valores, representada pelo índice Ibovespa, teve um dia caracterizado por volatilidade. Embora tenha registrado um aumento de 0,48% em determinado momento do dia, o índice perdeu força nas horas finais de negociação, fechando a sessão em 159.189 pontos, com uma leve alta de apenas 0,07%. O desempenho das ações de mineradoras foi crucial para impedir uma queda mais acentuada.
Os fatores internos que impactaram o mercado incluem o tom rigoroso do comunicado emitido pelo Copom, que não deixou claro se o Banco Central tem planos de iniciar cortes nas taxas de juros a partir de janeiro. Essa incerteza gerou uma entrada de dólares, contribuindo para a movimentação observada no câmbio.
Internacionalmente, a situação também se mostrou favorável. Com a Taxa Selic brasileira mantida em 15% ao ano e uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos, que agora fica entre 3,5% e 3,75%, muitos investidores optaram por direcionar seus capitais para o Brasil. Essa diferença nas taxas de juros entre as economias emergentes e as avançadas propiciou um fluxo de investimentos para o mercado local, aliviando a pressão sobre o preço do dólar e proporcionando certo alívio na bolsa.
