ECONOMIA – Mercado Financeiro Revisa Previsões de Inflação e PIB, Abaixando Expectativas para 2023 e Anos Futuros em Novo Boletim Focus do Banco Central

A previsão do mercado financeiro em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que representa a inflação oficial do Brasil, sofreu uma queda significativa, passando de 4,95% para 4,86% para o ano em curso. Este é o 13º corte consecutivo na projeção e foi divulgado no Boletim Focus, uma publicação semanal do Banco Central que reúne as expectativas das instituições financeiras sobre indicadores econômicos.

Além das previsões para 2023, as expectativas para os anos subsequentes também foram revistas. Para 2026, a estimativa de inflação caiu de 4,4% para 4,33%. Já para 2027 e 2028, as projeções são de 3,97% e 3,8%, respectivamente. Apesar dessas previsões otimistas, a estimativa para 2023 ainda se encontra acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, permitindo que o limite superior chegue a 4,5%.

O cenário de inflação tem mostrado alguns sinais de alívio. Em julho, por exemplo, a inflação oficial ficou em 0,26%, refletindo uma segunda queda consecutiva nos preços dos alimentos, embora, no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA tenha subido a 5,23%, acima do teto da meta anual.

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza como principal ferramenta a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está fixada em 15% ao ano. Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu interromper um ciclo de aumentos que havia se estendido por sete reuniões consecutivas, levando em consideração um recuo progressivo da inflação e um cenário de desaceleração econômica. No entanto, o Copom alertou que se o cenário se alterar, a possibilidade de novos aumentos na taxa pode ser considerada.

As previsões para a Selic até 2028 indicam uma trajetória de queda, com expectativa de que a taxa termine 2025 em 15% e siga reduzindo para 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028. Este ambiente de taxas de juros mais altas tende a dificultar o acesso ao crédito e, por conseguinte, impacta a expansão econômica.

Sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa para este ano recuou de 2,21% para 2,18%. As estimativas para os anos seguintes também foram ajustadas, com projeções de 1,86% para 2026 e 1,87% e 2% para 2027 e 2028, respectivamente. O PIB brasileiro já mostrou uma recuperação, especialmente no primeiro trimestre deste ano, com crescimento notável de 1,4%, impulsionado pelo setor agropecuário.

Finalmente, a expectativa para a cotação do dólar ao final deste ano é de R$ 5,59, com uma leve alta prevista para R$ 5,64 em 2026. Esse conjunto de indicadores apresenta um panorama complexo para a economia brasileira, refletindo tanto desafios a serem enfrentados quanto oportunidades de crescimento em meio a um cenário de volatilidade econômica.

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