Enquanto a previsão para 2026 permanece em 4,2%, as estimativas para os anos seguintes, 2027 e 2028, apontam para uma inflação de 3,8% e 3,5%, respectivamente. É importante ressaltar que essa previsão ainda fica acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que o limite superior é de 4,5%, tornando a previsão atual um ponto de preocupação.
O cenário da inflação se torna mais relevante quando se observa a recente alta de 0,48% do IPCA em setembro, após uma queda em agosto, atribuída principalmente ao aumento da tarifa de energia elétrica. O acumulado em 12 meses chegou a 5,17%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para o Banco Central, a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano é uma medida crucial para tentar conter a inflação e alcançar a meta estipulada. A decisão de manter esse patamar foi influenciada por incertezas no cenário econômico global e por indicadores que sugerem uma desaceleração no crescimento econômico interno. O Comitê de Política Monetária (Copom) tem expressado a intenção de manter essa taxa elevada por um longo período, buscando estabilizar a inflação.
O Copom se reunirá novamente nesta semana para reavaliar a Selic, com economistas esperando que a taxa se mantenha no mesmo nível até o final de 2025. As previsões para anos subsequentes apontam para uma queda gradual, alcançando 12,25% ao ano em 2026, e reduzindo ainda mais para 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Além disso, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro continua em 2,16% para este ano, com projeções de 1,78% para 2026. O avanço do PIB foi impulsionado no segundo trimestre, quando a economia cresceu 0,4%, suporte fundamentado pelo fortalecimento dos setores de serviços e indústria. Por fim, a expectativa é de que a cotação do dólar encerre 2025 em R$ 5,41 e chegue a R$ 5,50 em 2026, refletindo as nuances do mercado cambial e as expectativas econômicas em evolução.
