Importante ressaltar que as previsões para 2025 ainda se encontram acima do teto da meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Assim, o limite superior é de 4,5%. A situação se torna mais interessante quando observamos que, em agosto passado, o Brasil registrou uma deflação de -0,11%, a primeira desde agosto de 2024. Essa queda nos preços se deve, em grande parte, à redução nas tarifas de energia elétrica, que recuaram 4,21%, impactando negativamente 0,17 ponto percentual no índice geral.
Além do setor de energia, os grupos de alimentação e bebidas e de transportes também colaboraram para a queda da inflação, com respectivos recuos de -0,46% e -0,27%. Nos últimos três meses, os preços dos alimentos caíram 0,91%, o que também refletiu na deflação do período.
Em relação ao câmbio, as expectativas para a cotação do dólar ao final de 2025 foram ajustadas de R$ 5,55 para R$ 5,50, marcando a quarta semana consecutiva de revisões para baixo. Para 2026 e 2027, a estimativa se mantém em R$ 5,60. Este movimento é influenciado pelas medidas econômicas adotadas pelo governo.
As previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) e a taxa Selic se mantiveram relativamente estáveis, com o mercado projetando um crescimento de 2,16% para 2025. Embora esteja acima das expectativas iniciais, também houve uma leve deterioração nas projeções para 2026 e 2027. A Selic deve permanecer em 15% até o final do ano, o mesmo percentual que vem sendo mantido nas últimas semanas, enquanto para 2026 e 2027 as previsões são de 12,38% e 10,50%, respectivamente.
O Banco Central utiliza principalmente a Selic como instrumento para controlar a inflação, e, com a recente desaceleração econômica, o comitê responsável interrompeu a elevação da taxa de juros. Um aumento na Selic tem como objetivo conter a demanda aquecida e, consequentemente, controlar os preços ao encarecer o crédito e estimular a poupança. Portanto, a redução da taxa tende a facilitar o acesso ao crédito, incentivando a produção e o consumo, com efeitos diretos na atividade econômica. Assim, as decisões do Banco Central são cruciais no atual cenário econômico brasileiro.