ECONOMIA – Mercado Financeiro Respira: Dólar Cai Quase 1% e Bolsa Fecha no Maior Nível em Oito Dias com Intervenção do Banco Central

Após uma sequência de dias de instabilidade, o mercado financeiro brasileiro finalmente respirou aliviado, apresentando sinais positivos na última terça-feira. O dólar, que vinha apresentando uma escalada contínua, sofreu uma queda significativa de quase 1%, interrompendo uma série de sete altas consecutivas. Com isso, a moeda americana foi cotada a R$ 5,531, refletindo uma desvalorização de R$ 0,053, ou 0,95%. Essa movimentação se deu especialmente após a intervenção do Banco Central, que começou a surtir efeito às 11h30, e o anúncio de que o ex-presidente Jair Bolsonaro cancelou uma entrevista programada, fatores que contribuíram para a desvalorização do dólar.

No mesmo dia, o mercado acionário também experimentou um cenário favorável. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou aos 160.486 pontos, marcando um crescimento de 1,46%. Essa alta representa o melhor desempenho do índice desde o dia 15 do mês corrente, mostrando uma recuperação significativa em meio às oscilações recentes.

Diversos fatores, tanto políticos quanto econômicos, influenciaram esse comportamento do mercado. Além do cancelamento da entrevista do ex-presidente, que gerou repercussões no ambiente político, a divulgação da prévia da inflação oficial, IPCA-15, também teve um papel crucial. Com um resultado de 4,41%, o índice ficou abaixo das expectativas e se manteve dentro da meta de inflação estabelecida pelo governo para 2025, proporcionando um alívio ao mercado.

A atuação do Banco Central, ao realizar um leilão de linha no qual vendeu U$ 500 milhões dos U$ 2 bilhões disponíveis, também adicionou pressão sobre o câmbio, ajudando a acomodar os preços do dólar. Essa estratégia visa oferecer liquidez ao mercado, especialmente útil em um período em que muitas empresas estão remanescendo lucros e dividendos para o exterior, característico do fechamento de ano.

Em síntese, o dia foi marcado por um alívio nas tensões financeiras, uma combinação de fatores políticos e a atuação do Banco Central contribuíram para a recuperação tanto do câmbio quanto do mercado de ações, criando um cenário mais positivo para os investidores.

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