ECONOMIA – Mercado Financeiro Respira Aliviado com Queda do Dólar e Exoneração de IOF; Bolsa Sobe Após Revogação de Decreto Governamental

No dia seguinte à revogação do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o mercado financeiro brasileiro demonstrou sinais de alívio e otimismo. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,498, uma queda de R$ 0,055, ou 1,02%, fechando abaixo da marca de R$ 5,50. Desde o início de junho, a moeda norte-americana já acumula uma desvalorização de 3,88%, enquanto no ano a queda atinge 11,01%.

A bolsa de valores também teve um desempenho positivo, com o índice Ibovespa alcançando 137.114 pontos, uma alta de 0,99%. A recuperação nas ações foi generalizada, refletindo uma resposta favorável à revogação do decreto e recuperando, assim, as perdas da sessão anterior.

Embora a decisão de derrubar o IOF represente uma perda de R$ 12 bilhões nas receitas do governo, essa medida foi recebida com entusiasmo pelos investidores, que acreditam que isso pode forçar o governo a adotar uma postura mais austera em relação aos gastos públicos. Essa expectativa de cortes nas despesas ganhou força, principalmente diante de um cenário financeiro mais favorável.

Outro fator que contribuiu para o desempenho positivo do mercado foi a redução da inflação, evidenciada pela prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15). Os preços dos alimentos, que têm grande influência sobre a inflação, apresentaram quedas significativas, resultando em uma taxa de 0,26% para junho. Esse número veio abaixo do previsto e gera uma expectativa de que o Banco Central possa considerar uma redução na Taxa Selic, estímulo importante para a recuperação econômica.

Além das condições internas, o cenário internacional também apresenta um panorama otimista. A manutenção do cessar-fogo entre Israel e Irã, juntamente com indicadores que mostram a desaceleração da economia dos Estados Unidos, elevam os ânimos dos investidores. Com isso, cresce a expectativa de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, venha a cortar taxas de juros antes do fim do ano. Essa possibilidade atrai investimentos para mercados emergentes, como o brasileiro, evidenciando um fluxo maior de capital na economia local.

Assim, a combinação da revogação do decreto, a queda na inflação e um ambiente internacional menos turbulento se revelam como fatores cruciais que contribuíram para o otimismo no mercado financeiro na última jornada.

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