A inflação para 2026 também foi revista para baixo, caindo de 4,27% para 4,20%. As previsões para os anos subsequentes, 2027 e 2028, são de 3,82% e 3,54%, respectivamente. Apesar dessa queda nas previsões, os números ainda superam o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Assim, o limite superior é de 4,5%, o que torna o quadro inflacionário um desafio a ser enfrentado pelo Banco Central (BC).
Recentemente, a inflação oficial apresentou um aumento de 0,48% em setembro, após uma retração em agosto, impulsionada principalmente pela elevação nos custos da energia elétrica. O acumulado em 12 meses atingiu 5,17%, o maior resultado desde março. Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic como seu principal instrument. Em sua última reunião, realizada em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15% ao ano. O Copom indica que manterá essa taxa por um período prolongado, visando garantir que os objetivos de inflação sejam alcançados.
As previsões para a taxa básica de juros também indicam que poderá haver reduções nos anos seguintes, com estimativas de queda para 12,25% em 2026 e 10,5% em 2027. No entanto, as taxas de juros elevadas podem impactar negativamente a expansão econômica, dificultando o acesso ao crédito e, consequente, a atividade produtiva.
Além da inflação, o boletim Focus trouxe novas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, projetando um crescimento de 2,16% para este ano, um leve recuo em relação à previsão anterior de 2,17%. Para os anos de 2026, 2027 e 2028, as projeções são de 1,78%, 1,83% e 2%, respectivamente. Essa leitura otimista é respaldada pelo crescimento registrado na economia brasileira, que atingiu 0,4% no segundo trimestre, resultado impulsionado pela indústria e pelo setor de serviços.
Em relação à moeda, a previsão é que o dólar encerre o ano a R$ 5,41, com estimativas para 2026 fixadas em R$ 5,50. Esses fatores econômicos em conjunto desenham um cenário complexo e dinâmico para o Brasil, exigindo atenção das autoridades monetárias e do mercado.
