Os dados foram apresentados no recente Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Para o ano de 2026, as expectativas de inflação permaneceram estáveis, com uma previsão de 4,41%. Para 2027, essa expectativa é levemente mais otimista, projetando uma inflação de 4%.
Embora haja uma melhora nas expectativas inflacionárias, a previsão para 2025 ainda supera o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com um intervalo de tolerância que vai de 1,5% a 4,5%. Por seis meses consecutivos, a inflação acumulada em 12 meses ficou acima da meta, marcando 5,35% no último levantamento. Esse cenário gera a obligation para que o presidente do Banco Central explique publicamente os motivos do descumprimento e as medidas previstas para corrigir a trajetória inflacionária.
Para tentar controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa Selic, que está fixada em 15% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) expressou preocupação com a política econômica dos Estados Unidos, indicando que isso poderia levar a um aumento da Selic se necessário. As estimativas atuais para a taxa Selic se mantêm em 15% até o fim de 2025, com projeções de 12,50% para 2026 e 10,50% para 2027.
No que diz respeito ao crescimento econômico, o mercado reviu suas previsões para o Produto Interno Bruto (PIB), considerando agora uma expansão de 2,21% para 2025, um pequeno ajuste em relação à projeção anterior de 2,23%. As previsões para os anos seguintes estimam um crescimento de 1,87% em 2026 e 1,93% em 2027.
Quanto ao câmbio, as expectativas para a cotação do dólar em 2026 se mantêm fixas em R$ 5,60, uma queda em relação à previsão anterior de R$ 5,65. Para os anos de 2026 e 2027, a expectativa é que a moeda norte-americana continue cotada a R$ 5,70. Essa estabilidade nas projeções reflete a cautela do mercado em relação a fatores internos e externos que podem influenciar a economia brasileira.