Além disso, a projeção para a inflação em 2025 também aumentou, passando de 3,99% para 4%. Para os anos seguintes, as previsões são de 3,6% em 2026 e 3,5% em 2027. Esses números estão acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo CMN, que é de 3% para este ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A partir de 2025, entra em vigor o sistema de meta contínua, o que significa que o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação anualmente. Nesse novo cenário, o centro da meta contínua foi fixado em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
No mês de setembro, a inflação foi impulsionada principalmente pelo aumento nas contas de energia elétrica das residências, fazendo com que o IPCA atingisse 0,44%, após registrar deflação de 0,02% em agosto. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 12 meses, o IPCA acumula uma alta de 4,42%.
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A última elevação dos juros ocorreu após mais de dois anos de estabilidade, devido ao aumento do dólar e às incertezas em relação à inflação.
A próxima reunião do Copom está agendada para novembro, e a expectativa do mercado é de um novo aumento na taxa básica de juros. Os analistas esperam que a Selic encerre o ano de 2024 em 11,75% ao ano. A redução da Selic, por outro lado, estimula a atividade econômica, mas pode prejudicar o controle da inflação.
Em relação ao crescimento econômico, as instituições financeiras projetam um aumento de 3,08% no PIB brasileiro para este ano. No segundo trimestre, o PIB surpreendeu positivamente, com uma elevação de 1,4% em comparação com o trimestre anterior. Para os próximos anos, as estimativas também indicam um crescimento no PIB.
Quanto à cotação do dólar, a previsão é de que a moeda americana encerre o ano em R$ 5,45 e termine 2025 em R$ 5,40. Esses números refletem as expectativas e projeções do mercado financeiro diante do atual cenário econômico.