Esses dados se alinham com as expectativas do Banco Central, que apontam para a chance de o índice oficial de inflação superar a meta em 2023, com uma projeção de 67%. Além disso, a inflação acumulada deste ano atingiu 3,75%, enquanto nos últimos 12 meses o índice está em 4,82%.
Atualmente, o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Após sucessivas reduções no final do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, o que levou o Copom a cortar os juros pela terceira vez no semestre. Com a expectativa de queda contínua nas próximas reuniões, o mercado financeiro projeta a Selic em 11,75% ao ano para o fim de 2023, e em 9,25% ao ano para 2024.
O comportamento dos preços, que pressionou o resultado da inflação em outubro, está relacionado a aumentos nos preços das passagens aéreas. No entanto, apesar do resultado de outubro, a estimativa para a cotação do dólar permanece em R$ 5 para o fim deste ano.
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,89%. Para os anos seguintes, as expectativas são de um crescimento mais modesto, com previsões de 1,5% para 2024 e expansões de 1,93% e 2% para 2025 e 2026, respectivamente.
Diante desse cenário, há uma expectativa do mercado financeiro por um ciclo continuado de cortes na taxa básica de juros, buscando estimular a economia e controlar a inflação, mas que também pode gerar reflexos nos preços e na atividade econômica.