ECONOMIA – Manifestantes ocupam sede do Itaú BBA em São Paulo em defesa da taxação dos super-ricos e reforma tributária, prometendo novos atos no dia 10.

Na manhã desta quarta-feira, 3 de outubro, manifestantes da Frente Povo Sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizaram uma ocupação na sede do banco Itaú BBA, localizada na icônica Avenida Faria Lima, em São Paulo. A ação foi marcada por faixas que clamavam por “O povo não vai pagar a conta”, “chega de mamata” e “taxação dos super-ricos”.

Os organizadores do ato visavam promover a urgência da reforma tributária, destacando a necessidade de uma tributação mais justa para aqueles que possuem grandes fortunas, como bilionários e instituições financeiras. Em suas redes sociais, os manifestantes enfatizaram a importância de obter recursos através da taxação dos grandes lucros gerados por bancos e empresas do setor de apostas (“bets”), reforçando que essa medida seria fundamental para enfrentar a desigualdade social crescente no país.

De acordo com os ativistas, a situação atual exige mudanças estruturais que beneficiem a população mais vulnerável. Eles publicaram um manifesto nas plataformas digitais, onde afirmam: “No Brasil, taxar os super ricos é crucial para reduzir a desigualdade. São lucros e dividendos que seguem intocados, enquanto a maioria trabalha arduamente e paga caro por tudo”. Essa mensagem capturou a essência da luta dos manifestantes, que buscam representantes no dia a dia e pressionam instituições a reconsiderarem suas políticas sociais.

A escolha da sede do Itaú BBA como palco da manifestação não foi aleatória; os organizadores apontam que o prédio é o mais caro do Brasil, adquirido pelo banco no ano passado por aproximadamente R$ 1,4 bilhão. O Itaú BBA, que é o braço de investimentos da grande instituição financeira, optou por não comentar a manifestação.

Além do ato realizado hoje, as entidades organizaram outra mobilização prevista para o dia 10 de outubro, marcada para ocorrer às 18h na Avenida Paulista, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP), dando continuidade à pressão por uma reforma que busque maior justiça fiscal no Brasil. Essas manifestações refletem um descontentamento crescente entre setores da população em relação à concentração de riqueza e a falta de ação efetiva para minimizar as disparidades sociais.

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