O professor Lucas Borges Carvente e o estudante Hendryll Luiz Rodrigues de Brito Silva tiveram suas prisões mantidas após a audiência de custódia, enquanto Vivian Mendes da Silva e o metroviário Ricardo Senese foram concedidos liberdade provisória, com a definição de uma fiança no valor de um salário mínimo. Além disso, todos deverão seguir medidas cautelares, como comparecer mensalmente ao juízo e proibição de se ausentar da comarca em que residem por mais de oito dias sem prévia comunicação.
A votação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou o Projeto de Lei 1.501/2023, que autoriza o governo estadual a vender o controle da Sabesp. A sessão foi marcada por protestos de trabalhadores da companhia e organizações da sociedade civil contrários à privatização da empresa. A votação chegou a ser suspensa, e a galeria do plenário foi esvaziada devido a confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar. A discussão da proposta foi retomada em seguida.
Os manifestantes detidos foram autuados por lesão corporal, dano, associação criminosa, resistência e desobediência, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Enquanto isso, integrantes do movimento contrário à privatização fizeram uma vigília em frente ao 27º Distrito Policial (DP) e aguardam em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, onde ocorreu a audiência de custódia.
Durante a manhã, a advogada Raquel Brito, que acompanha o caso em assessoria aos manifestantes, classificou a prisão como “injusta” e afirmou que houve ilegalidades na condução das pessoas. A reportagem tentou contato novamente com a advogada, mas não conseguiu obter resposta.
A votação da privatização da Sabesp continua gerando controvérsias e confrontos, com manifestantes lutando contra a medida do governo estadual. A situação permanece tensa e em constante evolução, com as partes envolvidas buscando defender seus interesses e enfrentando os desdobramentos legais das manifestações.