O presidente da CNI, Ricardo Alban, considerou o encontro um passo positivo, ressaltando que ele demonstra não apenas respeito mútuo, mas também a relevância da parceria que se estende por quase duzentos anos. Alban enfatizou que o fortalecimento das tratativas é fundamental para a indústria brasileira, reiterando que a confederação sempre defendeu um diálogo focado e respeitoso entre nações.
Durante a conversa, Lula solicitou a Trump a revogação de tarifas adicionais que incidem sobre produtos brasileiros. A expectativa é que, caso essa demanda seja atendida, o Brasil ganhe espaço para isentar até US$ 7,8 bilhões em suas exportações para os EUA. Alban sublinhou que a questão não se resume a um benefício imediato, mas sim à necessidade de recuperar competitividade no comércio exterior.
A CNI destacou a relevância do anexo denominado “Potential Tariff Adjustments for Aligned Partners”, fruto da Ordem Executiva dos EUA nº 14.346, emitida no início de setembro. Este documento prevê a possibilidade de isenções tarifárias para 1.908 produtos, sob a condição de compromissos em áreas de comércio e segurança. De acordo com a análise da confederação, essa iniciativa abrange aproximadamente 18,4% das exportações brasileiras destinadas ao mercado norte-americano em 2024.
Esse percentual se somaria aos já existentes 26,2% que estão livres de tarifas adicionais. Se a revogação for efetivada, produtos como café, cacau, frutas e itens metálicos poderão ser beneficiados, trazendo uma nova dinâmica ao comércio bilateral. Alban indicou que a CNI estará atenta ao desdobramento dessas conversações e disposta a contribuir para o estreitamento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. O fortalecimiento dessas relações pode não apenas impulsionar o comércio, mas, principalmente, impactar a geração de empregos e a recuperação econômica no Brasil.