ECONOMIA – Lula e Trump dão passo significativo para suspensão de tarifas que afetam exportações brasileiras, com início de negociações agendado para este domingo.

No último domingo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manifestou a respeito do encontro entre o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ressaltando que essa reunião pode ser vista como um “avanço concreto” nas negociações para a suspensão das altas tarifas sobre as exportações brasileiras. O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que o início do diálogo entre os dois países é um marco significativo para a retomada das exportações e para a estabilidade econômica do Brasil.

Alban expressou otimismo ao comentar a disposição de ambas as partes em buscar um acordo: “O anúncio do início das negociações sobre o tarifaço, com disposição real das duas partes para alcançar um acordo, é um passo relevante. Acreditamos que teremos uma solução que vai devolver previsibilidade e competitividade às exportações brasileiras, fortalecendo a indústria e o emprego no país”. Essa declaração destaca a expectativa de melhorias nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, que culpa alta competitividade das exportações brasileiras por uma série de tensões comerciais.

Após o encontro entre Lula e Trump, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciou que uma reunião inicial entre as diplomacias dos dois países para discutir a revisão do tarifaço ocorreria ainda no mesmo dia. Vieira liderará as negociações juntamente com Márcio Fernando Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Do lado americano, Marco Rubio, secretário de Estado, e Scott Bessent, secretário do Tesouro, estarão à frente das negociações.

Essas discussões surgem em um contexto onde, em julho, o governo americano impôs uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros destinados ao mercado norte-americano, uma medida que gerou preocupação entre os exportadores e impactou diversas indústrias no Brasil. Além disso, a administração Trump havia revogado vistos de viagem e aplicado outras sanções a alguns ministros do governo brasileiro e membros do Supremo Tribunal Federal (STF), o que só intensificou as tensões entre os países. A expectativa agora é que as reuniões possam resultar em um acordo que beneficie ambas as nações e estabilize o comércio bilateral.

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