O presidente também comentou sobre a relevância do bloco para o Brasil, sugerindo que a posição do país no Brics pode até causar “ciúmes” em líderes estrangeiros, como Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos. “Os Brics representam metade da humanidade e um terço do PIB mundial”, afirmou, ressaltando a necessidade de unir interesses comuns para promover diálogos e discussões entre as nações envolvidas.
Sobre a relação entre a taxação de produtos brasileiros pelo governo americano e a iniciativa do Brics, Lula se mostrou cético, afirmando que não é possível estabelecer uma conexão direta. Ele criticou a dependência do dólar, uma moeda que, segundo ele, serve unicamente aos interesses de um país, e propôs a discussão sobre a utilização de moedas locais nas transações entre os membros do bloco.
Lula reiterou sua defesa ao multilateralismo, destacando que essa abordagem é fundamental para garantir um equilíbrio nas negociações comerciais, evitando a predominância de potências sobre nações menores. Em um próximo compromisso internacional, o presidente iniciará a Assembleia Geral da ONU no dia 23 de setembro e se declarou disposto a defender a soberania do Brasil e questões ambientais, mencionando sua insatisfação quanto ao não cumprimento de acordos internacionais, como o Protocolo de Quioto e a retirada dos EUA do Acordo de Paris. Ele revelou ter enviado uma carta a Trump convidando-o para a Conferência das Partes (COP), mas ainda aguarda uma resposta.