Em um tom bastante assertivo, o presidente enfatizou que, se o acordo não for fechado agora, o Brasil não terá uma nova oportunidade de prosseguir com as tratativas durante seu mandato. O presidente expressou otimismo em relação à possibilidade de aprovação do acordo, ressaltando que a equipe do governo já fez diversas concessões. “Se disserem não, vamos ser duros daqui pra frente”, alertou Lula, enfatizando a flexibilidade que o Brasil já demonstrou nas negociações.
Lula também detalhou que a data da reunião foi alterada a pedido da União Europeia e mencionou que a aprovação do acordo enfrenta desafios internos, principalmente em países como França e Itália, que exercem forte influência nas decisões da UE. Desde o fechamento das negociações no último mês de dezembro, após 25 anos de conversas, a aprovação legislativa nos parlamentos de ambos os blocos continua a ser um tema delicado, sujeitando-se a resistências significativas, especialmente nas pautas agrícolas.
Além do contexto das negociações internacionais, o presidente também se manifestou sobre as relações entre os Estados Unidos e a Venezuela. Ele expressou preocupação com a escalada das tensões na região e chamou a atenção para a importância de uma política de paz. Lula mencionou que, em sua conversa com o ex-presidente Trump, reforçou a necessidade de diálogo e de evitar confrontos e conflitos armados, promovendo uma abordagem pacífica.
Internamente, Lula ressaltou a necessidade de um “salto de qualidade” nas políticas públicas, destacando seu compromisso em comunicar de forma transparente as iniciativas do governo. Ele afirmou que, mesmo diante das complexidades do cenário político brasileiro, a situação do país é, de um modo geral, positiva. O presidente convocou sua equipe a se concentrar na construção de um discurso claro e convincente em virtude do próximo processo eleitoral, reconhecendo a influência da polarização nas percepções públicas. Com essa abordagem, Lula busca reafirmar o papel do governo na promoção de iniciativas que beneficiem toda a sociedade, destacando, por exemplo, o programa Bolsa Família como um patrimônio nacional.









