ECONOMIA – Limites de juros para crédito consignado de aposentados e pensionistas do INSS são aumentados para 1,8% ao mês. Instituições já podem retomar concessões.

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão com uma nova realidade nas operações de crédito consignado. Por decisão do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), o limite de juros para essas operações foi alterado de 1,66% ao mês para 1,8% ao mês, por uma margem de 0,14 ponto percentual. A mudança foi aprovada por 13 votos a 1 em uma reunião realizada em Brasília.

Essa decisão representa um aumento significativo para os beneficiários do INSS, particularmente em um momento no qual a Taxa Selic, os juros básicos da economia, têm apresentado elevações. Em dezembro do ano passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic de 11,25% para 12,25% ao ano, o que tem impacto direto nos custos de crédito para os consumidores.

Os bancos apresentavam a necessidade de um aumento do teto de juros para viabilizar as operações de crédito consignado, alegando que as taxas anteriores não estavam condizentes com a realidade do mercado financeiro. Com a nova margem estabelecida, as instituições financeiras oficiais podem retomar as concessões nessa modalidade de empréstimo, possibilitando aos aposentados e pensionistas do INSS o acesso a crédito consignado.

No entanto, o impasse persiste em relação aos juros praticados pelos bancos. Mesmo com o novo teto, algumas instituições já cobravam taxas superiores à anterior, o que resultou na suspensão da oferta de crédito consignado. Durante o ciclo de queda da Selic, o CNPS acompanhava a redução do teto do consignado, mas agora, com a alta da taxa básica, a evolução dos juros praticados ainda é motivo de debate.

Diante desse cenário, cabe aos beneficiários do INSS ficarem atentos às condições oferecidas pelos bancos e se informarem sobre as taxas praticadas para garantir que estão fazendo as melhores escolhas financeiras. A mudança nos limites de juros para o crédito consignado reflete um ajuste necessário para adequar as operações às condições atuais do mercado e da economia como um todo.

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