ECONOMIA – Leilão no Pré-Sal Arrecada R$ 452 Milhões com Cinco Blocos Arrematados e Ágio Médio de 91,20%

Na quarta-feira, 22 de março, um leilão por sete blocos de exploração de petróleo na área do pré-sal, localizada no litoral sudeste brasileiro, resultou na arrematação de cinco áreas, totalizando R$ 452 milhões em investimentos futuros. O leilão, parte do 3º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), foi realizado na sede da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro.

O destaque do evento foi o ágio médio de óleo excedente, que ficou em impressionantes 91,20%. Um dos blocos atraiu propostas com um ágio de até 251,63%, demonstrando o forte interesse das empresas presentes. Do total de 15 empresas habilitadas, oito participaram ativamente, com a Petrobras e a norueguesa Equinor emergindo como as principais vencedoras, cada uma adquirindo duas áreas.

O total arrecadado em bônus de assinatura neste leilão foi de R$ 103,7 milhões. Em regimes de partilha, como o aplicado nas áreas do pré-sal, a escolha do vencedor não se baseia exclusivamente no valor do bônus ofertado, mas sim no maior percentual de óleo excedente que será entregue à União. A Petrobras destacou-se ao arrematar blocos significativos, como o de Citrino, onde se comprometeu a oferecer um excedente de 31,19%. No campo de Jaspe, ela atuará em consórcio com a Equinor, mantendo 60% de participação e um excedente de 32,85%.

Por outro lado, os blocos Larimar e Ônix não receberam nenhuma proposta e serão reofertados em leilões futuros. O diretor-geral da ANP, Artur Watt Neto, abordou a situação, afirmando que a baixa concorrência pode ser atribuída ao atual estado da indústria do petróleo, que vive um momento de queda nos preços internacionais.

A ANP planeja realizar mais leilões ao longo do próximo ano, visando fomentar o setor e garantir a continuidade das atividades exploratórias no pré-sal. O próximo ciclo deve incluir até 26 blocos, mantendo viva a expectativa de novos investimentos e oportunidades na indústria petrolífera. Em busca de diversificar as oportunidades, a ANP também está atenta ao desenvolvimento de novas frentes, como a Margem Equatorial, onde recentemente 34 blocos foram arrematados em leilão.

Com a recente licença obtida pela Petrobras para iniciar perfuração na bacia sedimentar da Foz do Amazonas, o cenário para o setor se mostra dinâmico e promissor, atraindo tanto empresas consolidadas quanto novas participantes, que buscam explorar e desenvolver aquestes valiosas reservas de petróleo.

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