Krugman analisou o contexto em que esta discussão acontece, especialmente considerando as críticas feitas pelo ex-presidente Donald Trump ao PIX, que argumentou que a plataforma prejudica as empresas financeiras norte-americanas. Em contraste, o economista enfatiza as diversas vantagens do sistema brasileiro, como a rapidez nas transações e os custos reduzidos. Segundo ele, enquanto o PIX pode liquidar operações em média em três segundos, os cartões de débito levam até dois dias e os de crédito, até 28 dias. Além disso, o custo de transações via PIX é significativamente mais baixo, sendo de 0,33% do valor da transação, em comparação com 1,13% e 2,34% para cartões de débito e crédito, respectivamente.
Krugman também ressaltou que, em meio a essa discussão sobre inovações financeiras, o parlamento dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que impede o Federal Reserve de criar uma moeda digital, refletindo um atraso em relação às inovações observadas no Brasil. Ele provocou uma reflexão sobre as diferenças nas economias e instituições dos dois países, sugerindo que a dinâmica política brasileira, onde ações judiciais contra ex-presidentes são possíveis, contrasta fortemente com a forte influência de grupos de interesse que barram a implementação de moedas digitais nos EUA.
O estudo realizado por Krugman enfatizou que o uso do PIX é universal no Brasil, com cerca de 90% da população adotando essa solução de pagamento. Para ele, outras nações devem observar o sucesso brasileiro como um modelo a ser seguido, mas apontou a possibilidade de que os EUA continuem atrelados a um sistema repleto de interesses pessoais e fantasias em torno das criptomoedas, o que poderia limitar sua capacidade de inovação no setor financeiro.