Os setores que lideram essa onda de investimentos incluem alimentos e bebidas (28%), plásticos (12,4%), produtos de consumo (9,8%), software e serviços de TI (9,6%) e metais (9,3%). A busca por diversificação de mercado e a necessidade de expansão têm levado empresas como JBS, Omega Energia, Companhia Siderúrgica Nacional, Bauducco Foods e Embraer a realizar investimentos consideráveis, refletindo uma estratégia robusta de internacionalização.
Os estados americanos que concentram o maior número de empreendimentos brasileiros têm se destacado neste contexto. A Flórida lidera a lista com 12 empresas, seguida pela Georgia com 7. Outros estados como Michigan, Minnesota, Missouri e Nova York contam com 6 empresas cada, enquanto Tennessee e Texas abrigam 5. Esse panorama evidencia a escolha estratégica das companhias brasileiras por locais que oferecem infraestrutura e oportunidades de mercado.
No que tange aos anúncios mais recentes, a Embraer está implantando um centro de manutenção no Texas, com investimentos de US$ 70 milhões e a previsão de criação de 250 empregos. A JBS, por sua vez, está estabelecendo uma nova planta em Iowa, com um aporte de US$ 135 milhões e geração de 500 vagas diretas. Outro destaque é a Sustainea, resultado da parceria entre Braskem e a japonesa Sojitz, que está investindo US$ 400 milhões em Indiana.
Além disso, o levantamento também revela que 2.962 empresas brasileiras possuem investimentos diversos nos EUA, sublinhando a crescente integração econômica entre os dois países. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou que essa tendência vai além de simples transações comerciais; trata-se de uma parceria estratégica que beneficia ambas as nações.
Em contrapartida, 186 empresas norte-americanas anunciaram novos negócios no Brasil nesse mesmo período, destacando grandes nomes como Bravo Motor Company, Microsoft e Amazon.com, demonstrando que a troca de investimentos é bilateral e reforça a relação de interdependência econômica entre Brasil e Estados Unidos. Os setores mais atraentes para os investidores americanos no Brasil incluem comunicações, montadoras de automóveis, e energias renováveis, mostrando que ambos os países estão apostando na sua complementaridade para impulsionar seus interesses econômicos mútuos.