Nas redes sociais e em diversos aplicativos, têm surgido anúncios enganosos que prometem “liquidez imediata” ou “antecipação” do pagamento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa entidade é responsável por garantir o ressarcimento de até R$ 250 mil por investidor, porém, não utiliza intermediários e não cobra taxas. Especialistas alertam que qualquer proposta de agilização dos pagamentos é uma tentativa de fraude.
Fernando Falchi, gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Software Brasil, enfatiza que a garantia do FGC ocorre automaticamente, sem a necessidade de quaisquer ofertas associadas a pagamentos. Ele aconselha os investidores a utilizarem apenas o aplicativo oficial do FGC para comunicação e ressarcimento, ressaltando que a pressa é uma arma usada pelos cibercriminosos. “A verificação no canal oficial é o melhor antídoto para golpes digitais”, alerta Falchi.
Com a falta de informações precisas sobre prazos de pagamento, muitas ofertas fraudulentas começaram a surgir, utilizando práticas de phishing e empréstimos predatórios. O primeiro tipo de golpe busca roubar dados pessoais e informações bancárias por meio de páginas falsas e mensagens maliciosas. Já os empréstimos predatórios aparecem como adiantamentos do FGC, mas na verdade encobrem operações de crédito com juros exorbitantes.
O Banco Master, que oferecia CDBs com rendimento atrativo, viu suas atividades encerradas após meses de dificuldades significativas. Acusado de acumular uma carteira de crédito arriscada, a liquidação da instituição também resultou em prisões de executivos em uma operação da Polícia Federal.
Diante desta situação, os investidores devem seguir rigorosas recomendações para evitar fraudes. É fundamental utilizar apenas canais oficiais do FGC e do Banco Central, nunca fornecer dados pessoais a terceiros e desconfiar de promessas de facilitação para ressarcimento. Confirmar informações e ativar autenticações de segurança são passos essenciais para proteger os investimentos. O caminho para reaver os recursos pode ser longo e burocrático, mas estar informado e atento pode proteger o investidor de armadilhas perigosas.
