As rotas que foram licitadas incluem três linhas na Região Metropolitana de São Paulo, três no Vale do Paraíba e oito no litoral paulista, sendo uma das mais relevantes a balsa que faz a travessia entre Santos e Guarujá. O serviço, que possui uma demanda significativa, atende em média 40 mil passageiros diariamente, totalizando 11 milhões de passageiros e 10 milhões de veículos por ano.
Além disso, está previsto um robusto investimento de R$ 2,5 bilhões voltados para a modernização dos terminais e a introdução de embarcações elétricas, alinhando-se às diretrizes de sustentabilidade e inovação no setor. O modelo adotado para essa concessão é de Parceria Público-Privada (PPP) e terá um prazo contratual de 20 anos. Entre as linhas que farão parte do novo sistema estão importantes rotas como São Sebastião–Ilhabela e Bertioga–Guarujá, assim como diversas travessias que conectam comunidades ao longo da costa paulista.
A assinatura do contrato definitivo está agendada para ocorrer no primeiro semestre de 2026. A Internacional Marítima já possui experiência no setor, operando duas linhas de transporte marítimo no Maranhão, além de contar com embarcações de apoio portuário e rebocadores, fazendo parte do grupo Cantanhede, que opera em diversas áreas, incluindo a construção civil.
Em seu discurso após o leilão, o governador Tarcísio de Freitas comentou sobre os desafios enfrentados durante o processo, ressaltando a falta de experiências prévias em concessões marítimas no estado. Ele também anunciou a iminente licitação de um novo Centro Administrativo do governo estadual, que demandará um investimento de R$ 5 bilhões, como parte de um esforço para reconfigurar o centro de São Paulo, promovendo a descentralização das secretarias e a nova sede do governo. A vitória no leilão é um marco significativo para o setor de transporte aquaviário em São Paulo, prometendo inovação e melhorias significativas para os usuários.
