De acordo com o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, a situação econômica do país refletiu diretamente na queda do otimismo das famílias em relação ao consumo. O crescimento do ICF nos últimos meses vinha sendo impulsionado pelo aquecimento do mercado de trabalho, o que agora apresenta sinais de desaceleração. A falta de perspectivas de melhora na situação do emprego e a estabilidade nos salários são fatores que têm impactado a confiança das pessoas em consumir.
Os indicadores que compõem o cálculo do ICF, como as perspectivas de emprego, renda e consumo atuais, bem como a percepção sobre o acesso a crédito e o momento para a compra de bens duráveis, demonstram uma tendência de queda no otimismo dos consumidores. Tavares ressaltou que tanto a perspectiva profissional quanto a percepção do emprego atual foram fortemente afetadas pela conjuntura econômica do país, levando a uma visão menos positiva do futuro.
Além disso, o ICF de julho apontou que a intenção de consumo apresentou uma redução mensal em ambos os gêneros, sendo mais intensa entre as mulheres. A liderança feminina nos lares e a maior preocupação com a estabilidade financeira podem ser fatores que influenciam a queda no otimismo em relação ao consumo.
No Estado do Rio Grande do Sul, a tragédia climática ocorrida recentemente teve um impacto significativo na confiança dos consumidores. Os indicadores de intenção de consumo no estado apresentaram quedas expressivas, refletindo um sentimento de desânimo e abalo na perspectiva de consumo das famílias.
Diante desse cenário, é fundamental que as políticas públicas e as ações governamentais visem à retomada do otimismo e à recuperação da confiança dos consumidores, promovendo a estabilidade econômica e o aquecimento do mercado de trabalho como medidas essenciais para impulsionar o crescimento da economia.