O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 104,5 pontos, desconsiderando os efeitos sazonais. Em comparação com fevereiro de 2024, a queda foi de 1,1%, marcando o quinto mês consecutivo de redução na intenção de consumo anual, sendo este o declínio mais acentuado desde então. Mesmo assim, o índice permanece acima dos 100 pontos, indicando que os consumidores ainda estão satisfeitos.
Os dados apontam que as famílias com maior renda estão mais prudentes em suas compras, com uma diminuição de 0,5% entre aquelas que possuem renda superior a dez salários mínimos. Já as famílias com renda inferior a esse valor também registraram uma queda, porém menos intensa, de 0,2%.
A pesquisa, baseada em 18 mil questionários analisados mensalmente, abrange consumidores de todas as Unidades Federativas do país. O ICF é composto por sete indicadores, que avaliam as condições atuais (emprego, renda e nível de consumo), as expectativas para os próximos três meses (perspectiva de consumo e profissional), o acesso ao crédito e a intenção de compra de bens duráveis.
Apesar da maioria dos componentes apresentar uma tendência de alta, o momento para compra de bens duráveis teve a maior redução, de 1,6%. Este item atingiu a pontuação mais baixa, 70 pontos, sinalizando insatisfação entre os consumidores. Segundo a CNC, as famílias estão sendo mais impactadas pelos juros altos.
Em relação ao emprego, os consumidores demonstraram um maior otimismo em relação às oportunidades profissionais, com o item emprego atual subindo 0,2% e a perspectiva profissional crescendo 0,4% pela quinta vez consecutiva. Os dados mostram um panorama de comportamento cauteloso das famílias em meio a um cenário econômico desafiador.