Em recente levantamento, ficou claro que 473.501 jovens finalizaram cursos focados no desenvolvimento de habilidades essenciais para o mercado de trabalho por meio do programa, enquanto 820.664 conseguiram ingressar em vagas de aprendiz, estágio ou emprego formal. O projeto tem como principal objetivo garantir o acesso a oportunidades que promovam não apenas a capacitação profissional, mas também a participação cidadã e a construção de vínculos sociais importantes.
A estrutura da iniciativa conta com uma rica colaboração entre diversos setores, incluindo o governo, empresas, a sociedade civil e, crucialmente, os próprios jovens. A plataforma digital criada para o 1MiO serve como um hub centralizado onde são disponibilizadas as oportunidades e os parceiros envolvidos. Este recurso é fundamental para potencializar a inclusão e facilitar a conexão entre jovens e empregadores.
Os beneficiados pelo programa são divididos em 12 perfis prioritários, que contemplam grupos historicamente marginalizados, tais como pessoas pretas e pardas, indígenas, quilombolas, jovens com deficiência, LGBTQIAPN+, mães adolescentes e aqueles que residem em áreas urbanas e rurais vulneráveis.
Mônica Dias Pinto, chefe de Educação do Unicef no Brasil, destaca que a proposta é promover uma mudança significativa nos processos de contratação e desenvolvimento de jovens em situação de vulnerabilidade. Isso envolve um esforço conjunto com as redes de educação pública, buscando fomentar discussões sobre projeto de vida e as competências necessárias para o mundo profissional.
Entretanto, mesmo com a conquista de mais de um milhão de oportunidades, os desafios da inclusão produtiva no Brasil continuam a ser robustos. De acordo com dados recentes, cerca de 8,9 milhões de adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos estão fora do sistema educacional e desempregados no país. A situação é ainda mais alarmante quando se considera que o desemprego entre jovens é o dobro da média nacional, afetando principalmente mulheres, jovens negros e aqueles de grupos prioritários.
Mônica enfatiza que o Brasil possui a maior geração de jovens de sua história, somando 48,6 milhões nessa faixa etária. Assim, é imperativo que esforços continuem a ser feitos para desenvolver o potencial dessa juventude, aproveitando a “janela de oportunidade” que se apresenta nas próximas décadas.
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