ECONOMIA – Inflação ultrapassou meta 8 vezes desde 1999, com IPCA em 4,83% em 2024, acima da meta de 3% estipulada pelo governo.

Desde 1999, o Brasil adotou o regime de metas de inflação como forma de controlar o índice de preços ao consumidor. No entanto, ao longo dos anos, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, ultrapassou o limite máximo da meta em oito ocasiões. Em 2024, por exemplo, o IPCA encerrou o ano em 4,83%, acima dos 3% estipulados como meta pelo governo.

Essa situação levanta questionamentos sobre a eficácia das políticas adotadas para controlar a inflação. O Conselho Monetário Nacional (CMN), responsável por definir a meta, é composto por autoridades importantes como os ministros da Fazenda e do Planejamento, além do presidente do Banco Central. Por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como principal instrumento para controlar a inflação.

Contudo, a influência dos juros na economia é complexa. Uma Selic alta, por exemplo, encarece os empréstimos e desestimula investimentos, limitando a atividade econômica. Atualmente, a Selic está em 12,25% ao ano, com previsões de novos aumentos nas próximas reuniões do Copom.

A alta da inflação em 2024 foi influenciada por vários fatores, como eventos climáticos, a desvalorização do real frente ao dólar e o preço das carnes. Esses elementos contribuíram para que a inflação ultrapassasse a meta estabelecida. Além disso, a previsão para 2025 segue sendo de uma meta de 3%, com margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Em meio a esses desafios, o Banco Central tem como missão garantir a estabilidade de preços no país. A utilização do regime de metas de inflação visa proporcionar transparência nas ações do BC e promover a confiança da sociedade na política monetária. Com isso, mesmo diante dos desafios enfrentados, a busca pela estabilidade econômica continua sendo uma prioridade para as autoridades financeiras do país.

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