Esses números, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a inflação anual ainda está acima da meta do governo, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Isso significa que o limite aceitável seria de até 4,5% ao ano.
O aumento nas contas de energia elétrica pode ser explicado pela ausência do Bônus Itaipu, que havia concedido um desconto significativo em agosto a cerca de 80,8 milhões de consumidores. Sem essa benesse, as faturas aumentaram em relação ao mês anterior.
Analisando os dados, cinco grupos de preços observados pelo IBGE apresentaram aumentos de agosto para setembro. Entre eles, a habitação se destacou com um incremento de 3,31%, representando 0,5 ponto percentual do IPCA-15 deste mês. O impacto da energia elétrica foi especialmente notável, subindo 12,17% após uma queda de 4,93% no mês anterior. A cobrança adicional também se deve à bandeira tarifária vermelha patamar 2, que eleva o custo da energia.
Por outro lado, os preços dos alimentos caíram pelo quarto mês consecutivo. Em setembro, essa queda foi de 0,35%, influenciada principalmente pela depreciação de produtos como o tomate, que teve uma redução de 17,49%. Contudo, as frutas apresentaram uma ligeira alta de 1,03%.
O IPCA-15, que possui metodologia similar ao IPCA, coleta preços em um período que vai de 15 de agosto a 15 de setembro e abrange 11 localidades do Brasil. Em contrapartida, o IPCA coleta dados em 16 locais e é considerado a inflação oficial do país. A divulgação do IPCA “cheio” de setembro está programada para ocorrer em 9 de outubro, oferecendo uma visão mais abrangente sobre a inflação no país.