Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma cautela que permanece em torno da política econômica do país. Desde o início de 2025, a avaliação da meta de inflação passou a considerar os 12 meses consecutivos anteriores, em vez de somente o período que termina em dezembro. Para que a meta seja considerada descumprida, é necessário que a inflação se mantenha acima do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual por pelo menos seis meses seguidos.
Uma recente sondagem do Banco Central, conhecida como boletim Focus, aponta que a expectativa do mercado financeiro para a inflação ao término de 2025 é de 4,40%. Esses dados mostram um certo otimismo cauteloso em relação ao comportamento dos preços, mas o cenário permanece volátil.
Além disso, é importante notar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve se reunir para anunciar a definição da taxa básica de juros, atualmente fixada em 15% ao ano—o maior patamar desde julho de 2006. A alta da Selic, que começou em setembro do ano anterior, foi uma medida tomada para conter a inflação e estabilizar a economia. O aumento nas taxas de juros encarece o crédito, o que pode resultar em uma diminuição do consumo e dos investimentos. Essa estratégia visa desacelerar a economia e contribuir para a mitigação da pressão inflacionária.
O IPCA, que mede o custo de vida das famílias com rendimentos que variam entre um e 40 salários mínimos, coleta dados de preços de 377 subitens, entre produtos e serviços, em dez áreas metropolitanas do Brasil, além de capitais como Brasília e Goiânia. A realidade econômica do país, portanto, se desenha a partir desses fatores interligados, refletindo tanto a vida cotidiana dos brasileiros quanto as decisões macroeconômicas que influenciam o futuro econômico do país.
