A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com uma margem de tolerância que permite variações de até 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, estabelecendo assim um limite inferior de 1,5% e superior de 4,5%. Essa atualização das expectativas foi divulgada no Boletim Focus do Banco Central, que é publicado semanalmente e reflete as previsões das instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
Para os anos seguintes, as projeções de inflação foram mantidas em 4,2% para 2026, com estimativas de 3,8% e 3,5% para 2027 e 2028, respectivamente. O resultado de outubro foi influenciado pela significativa queda nas tarifas de energia elétrica, que impulsionou o IPCA para uma variação de apenas 0,09%. Este número representa a menor alta para outubro desde 1998, enquanto em setembro o índice havia aumentado 0,48%, comparado a 0,56% no mesmo mês do ano anterior. Com isso, a inflação acumulada em doze meses caiu para 4,68%, rompendo a marca de 5% pela primeira vez em oito meses, embora ainda ultrapassando o limite superior da meta do CMN.
Para manter a inflação sob controle, o Banco Central utiliza a taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. A recente desaceleração econômica e a redução da inflação levaram a instituição a manter a taxa nas últimas três reuniões. Contudo, o Copom sugere que não hesitará em aumentar a taxa se julgar necessário, especialmente considerando a incerteza no cenário econômico global, particularmente em relação aos Estados Unidos.
As estimativas para a taxa básica de juros indicam que ela deve permanecer em 15% até o final de 2025, caindo gradualmente para 12,25% em 2026, e seguindo para 10,5% e 10% nos anos subsequentes. A alta dos juros é uma estratégia para conter a inflação, limitando o crédito e incentivando a poupança. Por outro lado, uma queda na Selic pode estimular o consumo e a produção, contribuindo para o crescimento econômico.
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão de crescimento para este ano é de 2,16%. As expectativas para 2026, 2027 e 2028 são de crescimento de 1,78%, 1,88% e 2%, respectivamente. O crescimento econômico do Brasil, impulsionado principalmente pelo setor de serviços e pela indústria, foi registrado em 0,4% no segundo trimestre deste ano, marcando o quarto ano consecutivo de expansão.
Finalmente, a cotação do dólar é projetada para ficar em R$ 5,40 no final deste ano, com uma expectativa de leve alta para R$ 5,50 em 2026. A combinação destes fatores econômicos reflete um cenário desafiador e, ao mesmo tempo, promissor, à luz das atuais políticas monetárias e suas repercussões sobre a economia nacional.









