De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 12 meses, o índice acumula um aumento de 4,51%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pelo órgão. Em janeiro, o grupo alimentação e bebidas, que tem grande peso na cesta de consumo das famílias (21,12%), apresentou um aumento de 1,38%, o que representa um peso de 0,29 ponto percentual (p.p.) no IPCA do mês. Essa é a maior alta registrada no grupo de alimentação e bebidas para o mês desde 2016, quando alcançou uma elevação de 2,28%.
Segundo o IBGE, os fatores climáticos foram os principais motivos que ocasionaram o aumento nos preços dos alimentos no início de 2024. A variação nos preços dos alimentos têm um impacto direto no bolso do consumidor, e o aumento registrado em janeiro coincide com a preocupação crescente em relação à inflação. Especialistas apontam que a elevação dos preços dos alimentos tem afetado principalmente as famílias de baixa renda, que dedicam uma parcela maior de seus rendimentos à alimentação.
A alta nos preços dos alimentos também tem gerado debates sobre as políticas de controle da inflação e a possibilidade de reajustes nos salários para compensar essa elevação de preços. Além disso, o aumento nos preços dos alimentos tem impacto direto em outros setores da economia, podendo influenciar ainda mais a inflação.
Diante desse cenário, autoridades econômicas e órgãos responsáveis pelas políticas monetárias precisam estar atentos para adotar as medidas necessárias visando conter a inflação e garantir a estabilidade econômica do país. A expectativa é que as discussões sobre o controle da inflação ganhem destaque nos próximos meses, à medida que a pressão nos preços dos alimentos continuar a ser uma preocupação para a população e para os agentes econômicos.