ECONOMIA – Inflação de dezembro fica em 0,25% e IPCA-15 acumula 4,41%, respeitando limite da meta do governo, segundo dados do IBGE.

A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), registrou uma alta de 0,25% em sua prévia de dezembro, resultando em um acumulado de 4,41% em 12 meses. Este resultado se mantém dentro do limite estabelecido pela meta do governo e representa o segundo mês consecutivo em que os índices permanecem dentro da margem de tolerância. Em novembro, o IPCA-15 já havia mostrado uma queda significativa, atingindo 4,5%, uma melhoria notável em relação aos patamares que ficaram acima da meta desde janeiro, quando o índice alcançou 5,49%, o maior desde abril.

Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), destacando a importância da estabilidade econômica em um cenário que, no último ano, viu a inflação oscilar. O mais recente boletim Focus, uma pesquisa realizada pelo Banco Central junto a instituições financeiras, projetou que a inflação oficial para o encerramento de 2025 será ainda menor, em torno de 4,33%. Esse cenário otimista é um fator que justifica a manutenção da taxa de juros básicos em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Embora a política de juros altos tenha como objetivo conter a inflação e a demanda por bens e serviços, também causa preocupações sobre o impacto nos investimentos e na geração de novos empregos. Não obstante, a análise dos diferentes grupos de bens e serviços revela que seis dos nove setores pesquisados pelo IBGE apresentaram aumento de preços em dezembro. Os transportes lideraram as altas, com um aumento médio de 0,69%, impulsionado especialmente pelas passagens aéreas, que subiram 12,71%.

Em contrapartida, o grupo de alimentação e bebidas, que carrega o maior peso na cesta de consumo, teve uma leve variação positiva de 0,13%. No entanto, a alimentação no domicílio, um dos componentes mais críticos, apresentou uma queda de 0,08%, evidenciando uma redução nos preços de itens como tomate e leite.

Em análise mais ampla, o acumulado de 2025 identificou a habitação como o grupo que mais contribuiu para o IPCA-15, com uma alta significativa e refletindo o impacto das contas de luz. A energia elétrica residencial, em particular, teve uma elevação de 11,95%, influenciando diretamente o índice.

Vale destacar a diferença entre o IPCA-15 e o IPCA, que é utilizado como a inflação oficial. O IPCA-15 realiza coletas de preços em um período anterior ao fechamento do mês, englobando 11 locais em sua pesquisa, enquanto o IPCA considera 16 localidades. A divulgação do IPCA completo referente a dezembro está agendada para 9 de janeiro, trazendo mais clareza ao panorama econômico nacional.

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