Entre os serviços analisados pela FGV, a inflação subiu em todos eles, atingindo um aumento de 4,14%. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas academias de ginástica, que registraram um aumento de 5,18% nos preços. Além disso, outros itens da cesta de serviços que ficaram mais caros incluem cinema (4,68%), hotel/motel (4,52%), salão de beleza (4,46%), restaurantes (3,94%), teatro (3,17%) e shows musicais (2,87%).
Por outro lado, no que diz respeito aos produtos mais escolhidos como presentes para os apaixonados, houve uma leve queda média de 1,31%. Os cosméticos foram os principais responsáveis por essa redução de preços, destacando-se sabonetes (-7,25%), shampoos, condicionadores e cremes (-2,59%) e perfumes (-2,02%). Produtos eletrônicos também apresentaram reduções consideráveis, como celulares (-4,38%) e computadores e periféricos (-4,06%).
Apesar da redução de preços em alguns produtos selecionados para a data, outros itens muito procurados tiveram aumento de preço. Livros (4,86%), relógios (4,16%), cintos e bolsas (2,11%), bijuterias (1,99%) e bombons e chocolates (1,27%) estão entre os 19 produtos analisados que registraram as maiores altas.
O economista da FGV-Ibre, Matheus Dias, destaca que o aumento da taxa Selic, aliado à alta da inflação, tem levado os consumidores a serem mais cautelosos nas compras, priorizando itens essenciais e adiando a aquisição de produtos como celulares e computadores.
Em relação às vendas do comércio varejista brasileiro para o Dia dos Namorados, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o volume de vendas alcance R$ 2,59 bilhões. Isso representaria um aumento de 5,6% em comparação com o mesmo período do ano passado. O segmento de vestuário, calçados e acessórios é apontado como o líder das vendas, seguido pelas lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos. Se confirmada essa previsão, o Dia dos Namorados se manterá como a sexta data comemorativa mais importante para o varejo em termos de movimentação financeira.