Recentemente, o governo dos EUA, sob a administração de Donald Trump, implementou uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, somando-se a uma tarifa de 10% que já estava em vigor, totalizando 50% de tributos sobre esses produtos. Essa medida teve um impacto direto nas operações comerciais e nas relações entre os dois países, levando a Abiquim a destacar a relevância das novas políticas propostas.
O Plano Brasil Soberano não se limita apenas ao suporte financeiro. Ele abrange também ajustes tributários, prazos estendidos para obrigações fiscais e medidas para proteção do emprego, questões que a entidade considera cruciais para lidar com os desafios enfrentados pelo setor. A Abiquim mencionou que o plano dialoga diretamente com as necessidades históricas do setor químico e de seus clientes, que vão desde indústrias de plásticos até cosméticos e alimentos, todos dependentes de insumos químicos.
Entre os 700 produtos inicialmente listados para o aumento de tarifas, cinco foram excluídos, representando cerca de US$ 1 bilhão em exportações. A Abiquim acredita que, com o progresso nas negociações entre os governos do Brasil e dos EUA, há potencial para que mais produtos sejam retirados dessa lista, podendo agregar um valor adicional de até US$ 500 bilhões em vendas. Contudo, essa expansão dependerá de acordos rápidos e eficazes.
A entidade também alertou que, caso as tarifas sejam mantidas, a busca por novos mercados se tornará essencial para mitigar as perdas enfrentadas pelo setor. Embora a indústria química tenha mão de obra altamente qualificada, os efeitos sobre o emprego tendem a ser mais lentos. Portanto, a necessidade de um acompanhamento rigoroso é crucial para avaliar a eficácia das medidas adotadas e determinar se será necessário lançar uma segunda fase de estímulos para proteger a indústria.