Um estudo realizado pelo Banco do Nordeste (BNB), através do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), projeta um crescimento expressivo no Produto Interno Bruto (PIB) industrial de Alagoas para o ano de 2024. Segundo o levantamento, o setor industrial deve registrar um aumento de 4,8% em sua participação comparado a 2023, alcançando 15% do total da economia estadual.
Além do setor industrial, o estudo aponta que os serviços devem registrar um crescimento de 2,1%, mantendo-se como o principal componente do PIB alagoano com 66% de participação. Já a agropecuária deverá contribuir com 19% do PIB, mantendo-se estável em relação ao ano anterior.
Sidinei Reis, superintendente estadual do BNB em Alagoas, destacou a importância desses dados para as estratégias de desenvolvimento econômico do estado, especialmente para a indústria. Ele ressaltou o papel crucial do setor industrial na geração de empregos, renda e no impulsionamento do crescimento econômico local.
“Trabalhamos em colaboração com os governos e federações, como a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, e com as secretarias voltadas para o desenvolvimento econômico, promovendo o estado, seus incentivos fiscais e locacionais, além de nossos produtos e serviços para atrair novos investimentos”, afirmou Reis.
O superintendente também enfatizou as linhas de financiamento do BNB direcionadas para a indústria e agroindústria, que têm viabilizado a instalação e modernização de diversas plantas industriais em Alagoas, além de apoiar a produção voltada para exportação por meio de crédito específico.
No primeiro semestre de 2024, o Banco contratou R$ 124 milhões em créditos para indústrias e agroindústrias no estado, representando um crescimento de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse montante, R$ 37,5 milhões foram destinados a financiamentos voltados para exportação.
Entre as atividades mais financiadas pela agroindústria no período estão o processamento e beneficiamento de cana-de-açúcar, laticínios, carnes e frutas. Já na indústria, as áreas que mais demandaram crédito foram as de metal mecânica, gráficas, produtos alimentícios, plásticos e minerais não metálicos.