ECONOMIA – Indústria de Máquinas e Equipamentos Cresce 13,9% em Receita, Mas Exportações e Importações mostram Desafios no Setor em 2025

Nos primeiros sete meses de 2025, a receita de vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos alcançou a expressiva marca de R$ 174,5 bilhões, refletindo um crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2024. Este desempenho, embora favorável, apresenta uma desaceleração em comparação ao crescimento de 15,1% registrado em junho do mesmo ano, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Em termos de vendas internas, o setor acumulou R$ 133,8 bilhões, o que representa um aumento considerável de 18,2% em relação ao ano anterior. Contudo, as exportações totalizaram US$ 7,05 bilhões entre janeiro e julho, registrando uma redução de 4,4% em comparação ao mesmo intervalo de 2024. No mês de julho, as vendas externas atingiram US$ 1,2 bilhão, evidenciando uma queda de 4,8% em relação ao mês homólogo do ano anterior, antes da implementação de tarifas mais rigorosas pelo governo dos Estados Unidos.

Apesar desse cenário de retração nas exportações, a Abimaq destacou um crescimento nos segmentos de máquinas agrícolas e de equipamentos destinados a bens de consumo não duráveis. A América do Sul se destacou como um mercado em expansão, especialmente países como Argentina, Chile e Peru. A Argentina, em especial, apresentou um crescimento notável de 52,4% nas importações brasileiras, impulsionado pela demanda crescente por máquinas agrícolas e de construção civil.

As exportações para a América do Norte, que ainda são uma parte significativa do mercado, caíram 11,6%, com as vendas de máquinas para a construção civil enfrentando uma queda de 21%. Ao mesmo tempo, as importações de máquinas e equipamentos também cresceram, totalizando US$ 18,6 bilhões, um aumento de 10,5%. Esse incremento sinaliza uma perda de competitividade para o setor nacional, que viu sua participação de produtos importados alcançar 46% do consumo total de máquinas e equipamentos no Brasil.

Além disso, a presença de máquinas importadas, especialmente da China, tem crescido de maneira expressiva. Nos últimos dez anos, a fatia de máquinas chinesas nas importações brasileiras quase dobrou, passando de 16,6% em 2015 para 32% em 2025. Esse fenômeno gera preocupações acerca da capacidade competitiva da indústria nacional frente à concorrência externa. A situação exige uma reflexão sobre as estratégias e políticas que podem ser implementadas para fortalecer o setor e garantir sua relevância no mercado global. Em um cenário de crescente globalização, manter-se competitivo será um desafio crucial para a indústria brasileira de máquinas e equipamentos nos próximos anos.

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