De acordo com o levantamento, a produção industrial brasileira alcançou, em junho de 2024, um nível 2,8% superior ao patamar verificado antes da pandemia de COVID-19, em fevereiro de 2020. No entanto, é importante destacar que este desempenho ainda está 14,3% abaixo do ponto máximo alcançado em maio de 2011.
Comparado ao mesmo mês do ano passado, junho registrou um aumento de 3,2%, sendo este o melhor resultado para o mês desde 2020, quando a alta foi de 10%. Analisando o primeiro semestre de 2024, a atividade industrial nacional acumulou uma expansão de 2,6%. No período de 12 meses encerrado em junho, o desempenho positivo foi de 1,5%.
O gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, apontou que o crescimento robusto de junho foi influenciado não apenas pela base de comparação baixa, atribuída às quedas de 1,8% em abril e maio, mas também pelo retorno da produção em diversas fábricas que haviam sido severamente afetadas por enchentes no Rio Grande do Sul durante esses meses.
Entre maio e junho, 16 das 25 atividades analisadas apresentaram crescimento. Os destaques foram os setores de produção de coque, derivados do petróleo e biocombustíveis, que cresceram 4%, produtos químicos (6,5%), produtos alimentícios (2,7%) e indústrias extrativas (2,5%).
Particularmente, o setor de produtos alimentícios, que representa uma fatia significativa de 15% da atividade industrial brasileira, registrou um avanço de 2,7%. “As altas na produção de itens como açúcar, derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves foram notáveis”, pontuou um analista do IBGE.
Na indústria extrativa, que registrou uma alta de 2,5%, os destaques foram os produtos de maior importância como minério de ferro e petróleo, ambos com expansões significativas dentro da atividade extrativa.
Em suma, os dados recentes acendem um sinal de recuperação e resiliência na indústria brasileira, evidenciando uma capacidade de recuperação em um cenário ainda marcado por desafios e incertezas econômicas. A continuidade e a sustentabilidade desse crescimento, no entanto, dependerão de uma série de fatores, incluindo condições econômicas internas e externas, assim como políticas industriais eficazes.
