ECONOMIA – Indicador de Incerteza Econômica do Brasil cai 1,7 ponto em setembro, alcançando menor nível desde 2018

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) apresentou um recuo de 1,7 ponto no mês de setembro, chegando a 106,8 pontos. Com essa queda, o indicador permaneceu abaixo dos 110 pontos pelo quarto mês consecutivo, algo que não ocorria há mais de um ano.

De acordo com a economista do Ibre/FGV, Anna Carolina Gouveia, após interromper a sequência de quedas em agosto, a incerteza econômica voltou a cair em setembro. Essa redução foi motivada por um recuo discreto no componente de mídia e de maior magnitude no componente de expectativas.

Anna Carolina ressalta que a manutenção da política de afrouxamento monetário e controle da inflação tem influenciado na queda do IIE-Br e pode continuar contribuindo nos próximos meses. No entanto, ela destaca que a dinâmica insatisfatória do cenário internacional e as incertezas fiscais levantadas recentemente podem causar alguma volatilidade futura no indicador, dificultando uma redução adicional da incerteza nos próximos meses.

Em setembro, o componente de mídia registrou uma queda de 0,8 ponto, chegando a 107,7 pontos. Isso contribuiu negativamente com 0,7 ponto para a evolução do índice agregado. Já o componente de expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, teve uma redução de 4,5 pontos, alcançando 100,7 pontos, o menor nível desde janeiro de 2022 (99,6 pts.), contribuindo negativamente com 1 ponto.

Esses resultados indicam que, apesar da queda no indicador como um todo, a incerteza continua presente na economia brasileira. A diminuição na expectativa dos especialistas e a mídia mais cautelosa são reflexos das incertezas fiscais e do cenário internacional desfavorável.

Cabe ressaltar que a incerteza econômica tem impactos significativos nos investimentos e na tomada de decisões empresariais. Portanto, é fundamental que o governo adote medidas para reduzir essas incertezas e promover um ambiente mais estável e propício para a retomada do crescimento econômico.

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