Os cálculos da Receita Federal são um pouco menores em comparação com os do Banco Mundial, que projetou um impacto de 0,57 ponto percentual no IVA. Se a carne for incluída na lista de exceções, o Brasil terá a maior alíquota de IVA do mundo, superando a Hungria com seus 27%. A inclusão de exceções, como alíquotas diferenciadas e regimes especiais, contribuirá para elevar a alíquota para os demais produtos.
O retorno do Ministro da Fazenda de uma reunião com líderes partidários e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, evidenciou a preocupação com a reforma tributária em pauta. A votação da urgência do projeto de lei complementar está agendada para esta noite na Câmara dos Deputados, com a votação do mérito do projeto prevista para amanhã.
Haddad enfatizou a importância de fornecer informações detalhadas sobre os cálculos e os impactos das possíveis alterações no projeto, garantindo transparência e segurança aos parlamentares na tomada de decisão. A desoneração das carnes é um ponto crucial para a votação do projeto, com a bancada ruralista pressionando pela reinclusão do benefício.
Outros temas sensíveis em discussão incluem a exclusão de armas e munições e a inclusão de carros elétricos no Imposto Seletivo. O Ministro destacou a relevância de distinguir entre questões simbólicas e aquelas com impacto direto nas alíquotas, como no caso das carnes.
Além disso, houve debates sobre o aumento do cashback para famílias de baixa renda cadastradas em programas sociais como forma de compensar a manutenção da carne na lista de produtos com alíquota reduzida. A regulamentação desse mecanismo de ressarcimento também está contemplada no projeto de lei complementar em tramitação.
Portanto, a reforma tributária segue em discussão no Congresso, com diversos pontos polêmicos em destaque e a necessidade de equilibrar interesses para promover mudanças significativas no sistema tributário brasileiro.