Marinho expressou otimismo ao afirmar que, apesar das tensões comerciais, “o mundo não vai acabar”. Ele defendeu que o Brasil está preparado e totalmente disposto a negociar tanto com os EUA quanto com outras nações que queiram estabelecer parcerias comerciais. Essa postura demonstra a intenção do governo brasileiro em manter um canal de comunicação aberto e produtivo com as potências globais, mesmo em tempos de incerteza.
Ainda sem revelar os detalhes do plano de contingência em desenvolvimento para mitigar os efeitos das tarifas, o ministro informou que o Ministério do Trabalho e Emprego está finalizando estudos sobre um pacote de ajuda direcionado aos exportadores. Contudo, ele deixou claro que qualquer decisão relacionada a esse plano será tomada apenas a partir de quarta-feira, dia 6, quando as novas tarifas começarão a vigorar. Marinho ressaltou que a volatilidade nas negociações pode demandar adaptações de última hora nas estratégias do governo.
Ele também abordou a relação com o presidente Trump, sugerindo que o americano tem se mostrado hesitante, tendo voltado atrás em decretos que afetam diversos produtos. Marinho sugeriu que a relação bilateral é complexa, comparando-a a um cenário “esquizofrênico”, enfatizando a necessidade de aguardar a consolidação das informações antes de avançar nas decisões.
O ministro reiterou a disposição do Brasil em manter um diálogo construtivo com os EUA, esclarecendo que a balança comercial entre os dois países tem sido favorável aos americanos, que exportam mais do que importam do Brasil. Essa dinâmica, segundo Marinho, deveria ser motivo de reflexão, mas a ênfase deve ser a busca por negociações baseadas em dados precisos e na realidade econômica de ambas as nações. Ele finalizou destacando a importância das relações comerciais Brasil-EUA, que se estendem ao longo de dois séculos, e defendeu que não se deve confundir diferentes aspectos dessa complexa relação bilateral.