ECONOMIA – IGP-M Fecha 2025 Com Queda Acumulada de 1,05%, Sinalizando Menor Pressão de Custos para o Próximo Ano

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou um resultado negativo em dezembro, registrando uma queda de 0,01%. Esse desempenho reflete um cenário desafiador ao longo do ano, com o indicador, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), acumulando uma redução de 1,05%. Essa queda é um indicativo de que o ambiente econômico em direção a 2026 poderá ser menos pressionado em relação aos custos.

O economista Matheus Dias, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), responsável pelo cálculo do índice, analisa que este resultado sugere uma diminuição nos repasses de custos. Em sua avaliação, a desaceleração da atividade econômica global e as incertezas que caracterizaram o ano contribuíram para essa situação. Esses fatores influenciaram, em especial, os preços ao produtor e limitaram a transferência de custos ao consumidor.

Vale destacar que o IGP-M é uma referência importante para a atualização de valores em diversos contratos, incluindo aluguéis, contas de serviços como luz e telefone, mensalidades escolares, planos de saúde e seguros. Essa ampla aplicação faz com que o índice tenha um impacto significativo na economia doméstica.

Além disso, a melhora nas safras agrícolas foi um fator crucial que ajudou a aliviar a pressão sobre os preços das matérias-primas, reforçando o movimento de deflação do índice. Essa combinação de fatores foi essencial para que os custos ao consumidor não subissem, favorecendo um ambiente mais estável e previsível.

Em análise mais ampla, o boletim Focus, publicado recentemente, informou que o mercado financeiro prevê que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa oficial de inflação do Brasil, encerrará o ano com uma taxa estimada de 4,32%. Este índice está dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional, que definiu uma meta de inflação para 2025 de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Assim, o limite inferior é 1,5% e o superior chega a 4,5%, com o resultado previsto, de 4,32%, não ultrapassando esse teto.

Esse panorama de inflação sugere um tom otimista, indicando que a economia pode estar se ajustando a um novo equilíbrio, mesmo diante das incertezas globais. É um momento importante de vigilância e análise para consumidores e investidores ao longo do próximo período.

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