De acordo com uma nota oficial da Diretoria de Pesquisa do IBGE, o motivo do atraso deve-se a problemas técnicos que precisam de ajustes e correções. Tais inconsistências foram identificadas durante o processo de transmissão dos dados coletados diretamente de domicílios, especificamente nos sistemas que gerenciam a coleta de informações por meio de dispositivos móveis.
O fechamento do banco de dados referente à coleta de julho, que estava agendado para a primeira semana de agosto, precisou ser adiado para a segunda semana do mês. Essa alteração, conforme informado pelo IBGE, exigiu uma reprogramação de todas as etapas de produção que ocorrem após a finalização da coleta de campo.
A Pnad Contínua é considerada a principal pesquisa sobre o mercado de trabalho no Brasil. Trimestralmente, 211 mil domicílios em 3,5 mil municípios, englobando todos os estados e o Distrito Federal, são visitados por pesquisadores do IBGE. A pesquisa coleta dados de indivíduos com 14 anos ou mais, analisando distintas formas de trabalho, incluindo empregos formais e informais, temporários e autônomos.
É importante ressaltar que, conforme os critérios do IBGE, apenas aqueles que efetivamente buscam emprego são considerados desocupados, um aspecto que diferencia a Pnad de outras levantamentos, como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Apesar desse atraso, o IBGE assegurou que o cronograma das demais trimestres não será afetado. A divulgação da Pnad Contínua Trimestral está programada para a próxima sexta-feira, com foco em períodos fixos e análises detalhadas sobre sexos, idades, níveis de escolaridade e autodeclaração de cor.
Recentemente, a Pnad Contínua trouxe uma excelente notícia ao apontar que, no trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8%, alcançando o nível mais baixo desde que a série histórica começou em 2012. Esse feito pode sinalizar uma recuperação econômica lenta, mas promissora, que será monitorada nas próximas divulgações.