ECONOMIA – Haddad: Reformas Econômicas Urgentes a Partir de 2027 Para Garantir Sustentabilidade das Contas Públicas, Afirma Ministro da Fazenda.

O governo federal se prepara para implementar novas reformas econômicas a partir de 2027, com o objetivo de assegurar a sustentabilidade das contas públicas. Essa afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante um encontro com jornalistas, onde destacou a importância da manutenção do atual arcabouço fiscal, embora sugerindo que ajustes possam ser discutidos. Segundo Haddad, alterações na estrutura central do modelo não são necessárias, mas a revisão de parâmetros é um processo natural nas gestões sucessivas.

O ministro enfatizou que a questão fiscal será uma responsabilidade constante para quaisquer que sejam os governantes no futuro. Ele defendeu que ajustes como definir um limite mais rigoroso ou mais flexível para o crescimento das despesas são possíveis, citando o crescimento real das despesas, que atualmente está fixado em até 2,5% ao ano. Haddad ressaltou que seu trabalho tem sido focado em reformas que visem a melhora da sustentabilidade dos gastos públicos ao longo do tempo.

Em relação à trajetória da dívida pública, Haddad não poupou ênfase na inevitabilidade de reformas nos próximos anos. Ele destacou que a meta fiscal para 2025 é alcançar o déficit zero, enquanto para 2026, espera-se um superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). A busca por metas fiscais plausíveis, com suporte técnico, é uma prioridade da equipe econômica, evitando compromissos que precisem ser revistos futuramente.

Haddad também frisou a importância de manter harmonia entre políticas fiscal e monetária, reconhecendo como uma pode impactar a outra. Ele expressou preocupação com sinais de desaceleração econômica e afirmou que o diálogo constante com o Banco Central é crucial para evitar descompassos entre essas esferas.

A crítica à atual taxa de juros, que se encontra em níveis elevados, não foi deixada de lado. Para Haddad, a elevada taxa básica de 13,75% ao ano é um legado da administração anterior, e a credibilidade fiscal é um processo que ocorre ao longo do tempo, afirmando que o problema não é recente. Com um olhar direcionado ao futuro, o ministro acredita que seu sucessor encontrará um ambiente fiscal mais favorável do que o recebida em 2023, consolidando a trajetória de recuperação das contas públicas.

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