ECONOMIA – Haddad Minimiza Impacto de Tarifas dos EUA e Acredita em Resolução Pacífica nas Relações Comerciais Brasil-Estados Unidos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou-se otimista em relação às recentes tarifas elevadas impostas pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros, que chegam a 50%. Durante sua participação na 16ª edição do Macro Vision, evento realizado em São Paulo, Haddad minimizou os impactos que essas medidas podem ter sobre a economia brasileira a médio e longo prazo. De acordo com ele, o efeito macroeconômico não será significativo, embora reconheça que os efeitos micro, que afetam diretamente muitas famílias brasileiras, são preocupantes.

O ministro destacou que, até o momento, o governo brasileiro não se viu na obrigação de acionar a Lei de Reciprocidade, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional, que permitiria uma resposta direta a essas tarifas. Haddad enfatizou a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o governo tem agido com cautela e sem provocar animosidade nas relações diplomáticas. “Impacto macro na economia não vai ter nessas medidas anunciadas. Agora, micro vai. E isso atrapalha muitas famílias brasileiras”, comentou o ministro.

Haddad expressou esperança de que a administração do presidente norte-americano, Joe Biden, reveja essas tarifas, considerando os efeitos negativos que elas têm tanto para os Estados Unidos quanto para o Brasil. Em sua avaliação, o bom senso deve prevalecer nesses contatos diplomáticos, e ele não acredita que a situação se prolongará por muito tempo. “Sempre acredito que o bom senso irá prevalecer. Temos de apostar nele, sem bravata”, afirmou o ministro, reforçando que o governo federal está comprometido em buscar uma solução através do diálogo.

Com essa postura conciliatória, Haddad conclui que o governo vinha caminhando com dignidade em direção a negociações que podem resultar em um ambiente comercial mais favorável. A expectativa agora é que ambas as partes consigam dialogar e encontrar um caminho que minimize os efeitos da controversa tarifa imposta aos produtos brasileiros, garantindo um equilíbrio nas relações econômicas entre os países.

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