O ministro ressaltou que a equipe da Fazenda se colocará à disposição dos parlamentares para esclarecer quaisquer dúvidas que possam surgir antes da votação em plenário. Haddad mencionou que Motta planeja uma reunião com a equipe da Fazenda e os líderes da Câmara na próxima semana para discutir as questões pendentes, demonstrando um ambiente de cooperação entre os poderes legislativo e executivo. Ele se mostrou confiante no apoio à proposta, afirmando que há um entendimento sólido entre as partes envolvidas.
Além de abordar as preocupações em relação a tentativas da oposição e de setores do centrão para modificar o texto e eliminar as medidas compensatórias, Haddad reafirmou a garantia de Motta de que o acordo será mantido. O acordo, que envolve tanto o tributo sobre consumo quanto sobre a renda, foi delineado com vistas à neutralidade fiscal, assegurando que o impacto no Orçamento federal seja minimizado.
O projeto, aprovado pela comissão especial da Câmara, visa garantir que a extensão da isenção fiscal aos rendimentos de até R$ 7.350 reais não represente um rombo nas contas públicas. Para compensar a renúncia fiscal, o relator Arthur Lira (PP-AL) propôs a manutenção de uma alíquota de 10% sobre os rendimentos dos chamados “super-ricos”.
Haddad enfatizou a importância da aprovação deste projeto, especialmente em um momento em que o governo busca preservar sua credibilidade na política fiscal. Ele considerou o cenário atual favorável para a votação de pautas econômicas cruciais.
Além da questão do Imposto de Renda, o encontro também abordou outros projetos prioritários, como a proteção de investidores minoritários no mercado de capitais e a aceleração dos processos de falência, iniciativas que o governo acredita serem essenciais para fomentar um ambiente de negócios mais robusto. O ministro ainda comentou sobre possíveis mudanças na legislação para planejar o desenvolvimento e uso ético da inteligência artificial, considerando esse aspecto uma das prioridades a serem discutidas no legislativo.
Por fim, ao ser questionado sobre uma reunião adiada com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, Haddad justificou que a falta de retorno da Casa Branca se deu em parte devido a movimentações da oposição brasileira e manifestou esperança de que a pauta seja retomada em breve. Essa dinâmica ilustra os complexos desafios que o governo enfrenta em sua agenda econômica no cenário atual.
