Haddad declarou em uma entrevista na capital paulista que sua permanência no Brasil é essencial nesse momento decisivo. Ele ressaltou que comportamentos estratégicos são necessários, especialmente considerando que os líderes da Câmara dos Deputados devem se reunir para deliberar sobre a conveniência de levar a proposta de reforma à votação na próxima semana. A proposta em questão visa isentar impostos para quem ganha até R$ 5 mil mensais, e ainda prevê uma redução parcial do imposto de renda para aqueles que têm rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350.
Analistas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indicam que, se aprovada, essa reforma poderá aumentar o número de trabalhadores isentos de 10 milhões para 20 milhões. A proposta também poderá beneficiar 16 milhões de pessoas que passariam a ter uma redução parcial em suas contribuições ao imposto de renda. Atualmente, a isenção é garantida apenas para quem ganha até dois salários mínimos, o que, atualmente, corresponde a R$ 3.036 mensais.
Em um cenário paralelo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também optou por não integrar a comitiva brasileira que irá aos Estados Unidos para a Assembleia Geral da ONU. A decisão foi motivada por restrições impostas pelo governo anterior dos Estados Unidos em relação à emissão de vistos, que afetaram o deslocamento do ministro. Consta que o visto concedido limitava sua movimentação, permitindo apenas que fosse do hotel para a ONU e em casos de emergências médicas.
Essas decisões, tanto de Haddad quanto de Padilha, refletem a prioridade dada por ambos os ministros aos assuntos internos brasileiros em momentos críticos, indicando a relevância da reforma do imposto de renda no atual cenário político-econômico do país.