Ele destacou que a tributação dessas atividades econômicas, que já operam sob um marco legal, é uma maneira de garantir que elas reflitam a realidade tributária do país. Segundo ele, é amplamente aceito que setores como o de cigarros e bebidas alcoólicas são alvos de uma carga tributária elevada. Isso se dá em razão das “externalidades muito negativas” que essas atividades geram para a sociedade. Haddad comparou a situação do Brasil a países da Escandinávia, onde a compra de bebidas alcoólicas é significativamente mais cara devido a regulamentos severos.
O ministro enfatizou que essa abordagem não visa proibir essas atividades, mas sim regular seu impacto social. Ao abordar as apostas esportivas, ele mencionou que elas não podem ser tratadas da mesma forma que uma visita a um parque de diversões, pois têm a capacidade de gerar vícios e dependências. Para ele, é essencial que as empresas desse setor contribuam de alguma forma para mitigar os efeitos colaterais do entretenimento que oferecem.
Em sua análise, Haddad sugeriu que a tributação é uma ferramenta necessária para lidar com questões como o tabagismo e o alcoolismo, problemas reconhecidos globalmente. O ministro concluiu seu discurso deixando claro que a intenção não é demonizar essas atividades, mas sim reconhecê-las pelo que são e garantir que sejam devidamente reguladas.
A declaração de Haddad levanta um debate importante sobre a tributação de setores que apresentam riscos potenciais, catalisando uma discussão que, segundo o ministro, é urgente e deve ser abordada com firmeza pelas autoridades brasileiras. Essa postura, que busca alinhar a política tributária à realidade social, poderá ter impactos significativos na forma como diferentes setores funcionam no país.