O ministro destacou que, mesmo enfrentando o desafio de honrar dívidas históricas deixadas pela administração anterior, o governo ainda assim está a caminho de entregar o melhor resultado fiscal do país nos últimos quatro anos. “As pessoas precisam entender que não vamos recuar nas metas de organização das contas, que estão desordenadas desde 2015”, afirmou Haddad em sua participação no COP30 Business & Finance Fórum, um evento promovido pela Bloomberg Philanthropies.
Durante o evento, Haddad enfatizou a criação de um ambiente propício para negócios no Brasil, citando a reforma tributária como um elemento-chave para atrair investimentos estrangeiros. Ele elogiou o aumento no número de leilões de infraestrutura na bolsa de valores, destacando que o Ministério dos Transportes tem ampliado a oferta de oportunidades de negócios significativamente em comparação aos quatro anos anteriores.
Outro pilar do discurso do ministro foi a reforma da renda, que visa reduzir as desigualdades sociais que, segundo ele, representam um obstáculo para o crescimento econômico. Haddad afirmou que “sem lidar com a desigualdade, nosso crescimento ficará comprometido”.
Em relação à taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 15%, Haddad defendeu sua redução, considerando o nível vigente insustentável. Ele expressou que a expectativa é que essa taxa caia em um futuro próximo, apesar da pressão dos bancos no Banco Central para mantê-la. “Não é possível sustentar uma taxa real de 10% com uma inflação de 4,5%”, argumentou.
Por fim, o ministro expressou confiança em um desempenho positivo do país em 2026, prevendo que até o final de seu mandato, os indicadores econômicos brasileiros poderão apresentar resultados muito melhores que os de outros países. Ele também comentou sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal que poderia solidificar a Lei de Responsabilidade Fiscal, enfatizando que essa medida representaria uma “revolução” na gestão fiscal, ao obrigar o Congresso a indicar fontes de receita ao criar novas despesas.









